
Fabrício Scaldaferri, filho de Everaldo Almeida dos Santos e
Ana Maria Scaldaferri dos Santos, percussionista, brasileiro,
nascido e criado em Salvador - BA, terra de todos os Deuses e do Axé,
ao nascer ganhou o apelido que não poderia ser mais apropriado, Fafá,
representação dupla de uma das notas musicais, FA, que literalmente significa :
“Fazei com que todos..”, na forma poética “Faça o pregão, aconselhe...”.
E assim foi feito, aconselhou, orientou e acolheu sempre quem o procurava,
através da sua arte musical. Desde a infância mostrava sua musicalidade nos seus batuques,
tirando sons em tudo que colocava as mãos. Começou a tocar percussão aos 12 anos -
montou uma banda com seu irmão Ednaldo Scaldaferri, Nau, tocando baixo, seu amigo tecladista Pedro Fonsêca e outros garotos do bairro dos Pernambués.
Na escola que estudava, Escola de Engenharia Eletromecânica da Bahia,
também participou da “Banda Voar”. Em seguida entrou para o grupo Agarra Samba
onde gravou seu primeiro trabalho. Em 1998, foi selecionado para a banda de Netinho,
concomitantemente iniciou um trabalho com Silvinha Torres e a
oportunidade de tocar fora do país aconteceu pela primeira vez.
Nesta mesma época começou a tocar com Armandinho, com quem permaneceu durante dois anos.
No meio artístico, durante um trabalho com o cantor baiano Átila, Fafá conheceu Gilmar Gomes.
Gilmar tocava com Daniela Mercury e pouco tempo depois, recebeu um convite de tocar no exterior e indicou Fabrício para substituí-lo.
Após audição, Fafá fora contratado, permanecendo durante cinco anos com a artista,
participando, além de 6 carnavais e de milhares de shows pelo mundo,
da gravação de diversos cds e dvds da cantora. Em 2005, Fabrício foi convidado a
trabalhar na Banda Eva.
Como gostava de desafios, e sempre teve vontade de fazer parte de uma banda como integrante, aceitou de pronto e iniciou um outro ciclo de musicalidade.
Com o grupo realizou dois carnavais, 2006 e 2007, e diversos shows pelo Brasil.
Dividia seu tempo com sua família, suas composições em seu estúdio, e seu trabalho na banda Eva, Grupo Charanga e Orquestra Rumpiless.
Ele estava feliz, num dos momentos mais realizados de sua vida.
Depois de mais uma realização - a gravação DVD da banda EVA (em São Paulo, dias 17 e 18 de julho de 2007), a cometido por uma meningococcêmia, meningite letal, faleceu.
Sua influência afro-brasileira, seus estudos e sua musicalidade marcaram seus trabalhos e o
conduziram à popularidade, à respeitabilidade e o
reconhecimento pelos profissionais da música baiana,
brasileira e estrangeira e por inúmeros fãs. Fez uma carreira curta,mas de sucesso, foi requisitado por vários artistas por ter uma “pegada” marcante e um swing diferenciado com seus instrumentos de percussão.
Ele deixou saudades e muitos amigos, que mesmo tristes com sua partida têm a certeza de que sua presença ficou dignamente registrada, não só nos discos como na vida de várias pessoas: Fafá não mediu esforços a ajudar às pessoas a sua volta e tem registro na mente das pessoas de ser um homem enorme, não só fisicamente mas em grandeza de alma.
Linda passagem terrenaa ;D
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